domingo, 4 de maio de 2008

Europa sem brasileiros

O rolo de Ronaldo com os travestis no Rio de Janeiro representa mais que um episódio esquisito e lamentável de sua carreira, simboliza o fim de uma temporada muito ruim para os brasileiros que jogam na Europa. Temporada que, aliás, ainda não terminou, mas que não reserva surpresas para nossos conterrâneos. Dos clubes com chances reais de serem campeões, nenhum deles tem um brasileiro como seu principal destaque.

Os mais famosos, principalmente, não renderam o que deles se esperava. Kaká, o melhor do mundo, combalido por lesões, não foi capaz de levar o Milan a mais uma boa campanha na Liga dos Campeões – já que o italiano começou perdido. Ronaldinho parece simplesmente ter perdido a vontade de jogar e encantar. Ronaldo, coitado, continua perseguido por lesões e parece ter cada vez menos paciência para dar a volta por cima.

No segundo escalão, os brasileiros também não foram tão decisivos quanto em anos anteriores. No Lyon, Juninho Pernambucano continua em boa forma, mas já não é o jogador mais importante do futuro heptacampeão francês. O cara agora se chama Benzema, um jovem meia francês que já recebe o maior salário do país – 1 milhão de reais mensais. Na Holanda, Afonso, não terminou o ano como artilheiro da Europa. Na Alemanha, Toni e Hibery são os principais jogadores do Bayern, bem à frente de Zé Roberto. Diego também não brilhou como no ano anterior pelo Werder. Na Rússia, o melhor time do ano é o Zenit, finalista da Copa da Uefa, e não o CSKA, repleto de brasileiros. Luis Fabiano pode até ter feito seus gols, mas não será capaz de levar o Sevilha à Liga dos Campeões.

Entre os melhores times do continente, só Robinho se destacou. Finalmente, consegue repetir na Espanha atuações que levaram a torcida santista a compará-lo com Pelé. Mesmo assim, não se pode dizer que é o grande jogador do Real Madri. A Inter de Milão, virtual campeã italiana, nunca foi muito aberta a brasileiros. Liverpool, Chelsea e Manchester, por fim, continuam como sempre foram: avessos a brasileiros.

Se o presente não é dos melhores, não se pode dizer que o futuro não reserva bons momentos para os brasileiros na Europa. Robinho, se firmou. Pato fez ótimas partidas. Anderson, amadureceu. Diego é pretendido pelos grandes. Luis Fabiano também. E até jogadores que saíram daqui longe dos holofotes, como o corinthiano Jô, despontam como bons nomes para os grandes do continente.

Um comentário:

Felipe Silva disse...

pois é, quem sabe o brasileiro que se deu melhor foi o Anderson. Pelo menos chegou à final da Copa dos Campeões e descobriu uma nova posição em campo. Parabéns pelo blog e sucesso, Lucas. Vou adicionar nos meus favoritos. Abraço e saudações azurras!