
Mas Ronaldinho cansou. O astro simplesmente não sente mais motivação em jogar pelo Barcelona. Assim como não sente mais tesão em defender a seleção. Chegou ao auge da carreira, do dinheiro, da consagração, e cansou. Não deixa de ser compreensível. O cara está há mais de 10 anos esbanjando talento em Bagé, em Paris, em Bilbao, em Londres. Uma hora cansa.
Cansado também está o Barcelona. O clube tem plantel tão qualificado que se dá ao luxo de vencer e convencer sem Ronaldinho e Messi. E já não vê necessidade de pagar o salário astronômico que o craque recebe – cerca de 2 milhões de reais por mês. A ameaça do irmão e empresário do brasileiro, de recorrer ao artigo 17 do código de transferências da Fifa, nesse contexto, soa quase como alívio. A multa rescisória de Ronaldinho foi estipulada em 125 milhões de euros, num contrato que vai até 2010. O tal código 17, por sua vez, determina que todo jogador que cumpra três anos de contrato pode pagar o que teria a receber em salários e mais uma porcentagem do que custou e cair fora. Ronaldinho, portanto, está disponível por 16 milhões de euros.
Mixaria para o que pode jogar. Uma fortuna, porém, para o que demonstra querer jogar. E tomara que o dentuço me faça engolir essa frase.