quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ispór, Ispór, Ispór!

A emoção que sobrou nas arquibancadas faltou dentro de campo na final da Copa do Brasil. Jogo de muitas faltas, mas poucos lances de gol. O Sport marcou dois quase sem querer, quando não havia dado nenhum chute sequer. O Corinthians, por sua vez, teve todo o segundo tempo para marcar unzinho e só chegou perto com Acosta, a dois minutos do fim.

Mesmo escalando errado, Nelsinho levou essa. Mesmo escalando certo, Mano deu o azar que não teve da última vez em que decidiu um título no Recife.

Dentro de campo, brilhou, sobretudo, a estrela do goleiro pernambucano Magrão, que fez pênalti, mas disfarçou bem. Contou, claro, com a incompetência de Acosta, que preferiu driblar a enfiar um catuto aos 43 do segundo tempo.

Enquanto isso, pela TV, Cléber Machado, ao narrar os gols do Sport, parecia anunciar gols da Argentina contra o Brasil em final de Copa do Mundo.

E como o Douglas faz falta ao Corinthians...
E como o Herrera faz falta pelo Corinthians...
E como tem pernambucano nos prédios vizinhos ao meu aqui em São Paulo! Não sei como vou dormir com tanto foguetório.

Do 1 ao 32

Quinze, 17, 20, 29, 32... A escalação do Corinthians na final da Copa do Brasil parece mais sorteio da Mega Sena. Bons tempos em que o lateral-direito era o camisa 2, o cabeça-de-área era o 5, o ponta-esquerda o 11.

Já imaginou o Silvio Luiz narrando esse jogo? "E foi, foi, foi, foi, foi ele: Fabinho camisa trinta-e-dois!"

terça-feira, 10 de junho de 2008

Coitado do juiz

Talvez pela primeira vez na história, telespectadores não sentiram ódio, raiva ou indignação com a atuação de um árbitro, mas pena. Aconteceu no jogo entre Marília e Ponte Preta, pela Série B. Ainda no primeiro tempo, o árbitro Eduardo César Coronado pisou num buraco e torceu o pé. Mesmo com muita dor, tentou voltar para o segundo tempo, mas teve que abandonar o jogo a 30 minutos do fim.

Além da dor causada pela suspeita de ruptura de tendão, chorou muito pela chance desperdiçada. “Depois de nove anos na CBF, sempre como quarto árbitro, recebo a primeira chance num campeonato nacional e tive que abandonar”, disse, aos prantos, em entrevista à reportagem. “Estou muito triste, mas tive que abandonar para não prejudicar a partida”.

Para completar o drama, o quarto árbitro Paulo Roberto Ferreira assumiu o apito e, no primeiro lance, marcou pênalti para o time da casa. E o fez bem.

sábado, 7 de junho de 2008

Graaaaande Venezuela!!!

A seleção perdeu pela primeira vez para a Venezuela porque Dunga tentou inventar no que não precisava e foi burocrático quando poderia ousar. Inventou uma defesa em linha, com apenas uma semana de treino, e tomou dois gols por péssimo posicionamento. Aí, quando precisava ousar para vencer o jogo no segundo tempo, foi conservador como sempre. Anderson estava bem. Josué entrou bem. Simplesmente não tinha porque pôr o Mineiro. Assim como não tinha porque pôr o Maicon.

O problema é que o Dunga, quando viu que o time não estava bem, voltou com aqueles que considera titulares. Não levou em conta o que estava acontecendo dentro de campo. Mineiro e Josué juntos, contra uma Venezuela completamente recuada, soa até como brincadeira. Os dois não precisam jogar sempre juntos, como uma dupla sertaneja. Para completar, aos 40 do segundo tempo Dunga pôs o Rafael Sóbis em campo, no lugar do Anderson. A cinco minutos do fim? E se era para tirar o Anderson, por que pôs o Mineiro?

Preocupante o fato de, com um estádio inteiro a favor, a equipe considerada titular pelo Dunga ficou com a bola o segundo tempo inteiro e nem levou perigo à meta venezuelana. Mas também a CBF não tinha nada que ter marcado um amistoso contra a Venezuela em Boston numa sexta-feira à noite. Bem feito.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Dinheiro na mão é vendaval

Os altos salários pagos aos jogadores estão dizimando o lucro dos principais clubes da Inglaterra, país com o campeonato mais rico do mundo. Matéria do Wall Street Journal revela que o Chelsea chega ao absurdo de pagar 263 milhões de dólares por ano a seus jogadores. O Manchester, campeão inglês e europeu, gasta “apenas” 180 milhões de dólares. Apenas o zagueirão Terry, do Chelsea, recebe 14 milhões de dólares por ano – o maior salário do país. A Alemanha, com salários muito menores, tem campeonato mais lucrativo. Foram 250 milhões de euros na temporada 2006/07, contra 141 milhões da liga inglesa. Boa administração, nesse ponto, vale mais do que rios de dinheiro. Lição para os clubes brasileiros.

domingo, 1 de junho de 2008

Nem a mãe Dinah


É simplesmente impossível fazer prognósticos antes do início do campeonato brasileiro. Passaram-se apenas quatro rodadas, mas seis times já trocaram de técnico e muitos começam a perder alguns de seus principais jogadores. O São Paulo não terá mais Adriano. O Sport perdeu Romerito. O Inter, considerado favorito, perdeu pontos bobos e Abel para o Catar. O Santos não tem mais Leão. O Botafogo ficou sem Cuca. Murici está na corda bamba no São Paulo. Luxemburgo cogitou sair do Palmeiras. Longe do troca-troca, o Cruzeiro desponta na tabela, mesmo sem grandes estrelas. Mas a bonança pode durar pouco. Marcelo Moreno também está de saída. E ainda faltam 34 rodadas.

Otoridade máuxima


A absurda e ridícula prisão do zagueiro botafoguense André Luiz levanta discussão sobre qual é, afinal, o papel da polícia nos estádios. Proteger jogadores e torcedores, ou fomentar confusões com atitudes truculentas? Invariavelmente, a truculência prevalece.

Despreparados para lidar com situações de conflito, mal treinados e mal equipados, não protegem quem deveriam proteger e tampouco punem os delinqüentes. Torcidas organizadas entram até com bombas nos estádios, ferem inocentes a cada rodada, e raramente alguém vai preso. Situação bem diferente da vivida pelo zagueiro André Luiz. Na hora de mostrar serviço para as câmeras, qualquer policial vira “otoridade máuxima”.