sexta-feira, 11 de abril de 2008

R$ 15 mil para ouvir o Furacão

Comunicado postado no site do Atlético Paranaense pode dar início a uma revolução no futebol brasileiro:

“O CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE (CAP), no legítimo exercício de seus direitos, comunica às emissoras de rádio, em todo o território nacional, que, a partir de 10 de maio de 2008, data de início do Campeonato Brasileiro 2008 ("Brasileirão 2008"), a transmissão radiofônica de partidas de futebol das quais o CAP participe, na condição de mandante ou não, será objeto de contrapartida financeira, sendo R$ 15.000,00 (quinze mil reais) o preço por partida e R$ 456.000,00 (quatrocentos e cinqüenta e seis mil reais) o preço pelo pacote, contendo os 38 (trinta e oito) jogos do clube.

Informamos que a cobrança pela cessão - não exclusiva - dos direitos de transmissão radiofônica de partidas de futebol do CAP não se aplica a flagrantes do evento, mas à transmissão integral, tudo em respeito ao direito de acesso à informação e liberdade de imprensa. Esclarecemos ainda que o presente comunicado não se aplica às partidas de campeonatos de futebol em andamento, as quais somente estarão sujeitas às novas regras nas próximas edições.”

Quer dizer que, para transmitir um jogo do Figueirense com o Atlético Paranaense, realizado no estádio Orlando Scarpelli, a CBN ou a Guarujá, rádios de Florianópolis, vão ter que pagar R$ 15 mil. Se não pagar, não tem jogo no radinho de pilha. E vai ser assim em todo o Brasil. Pode ser uma tentativa exagerada de tentar faturar mais uns milhões, mas pode ser o início de uma tendência.

Não estranhem se, em breve, o Clube dos 13 se unir e decidir negociar pacotes de transmissão para o Brasileirão. Bom para os clubes, ruim para as rádios, péssimo para os torcedores. As rádios continuam sendo uma forma de fugir da ditadura da TV Globo e são, para muitos fanáticos, a única forma de acompanhar seus clubes onde quer que joguem.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chelsea x Libertad


O dia de ontem foi simbólico para quem gosta de bom futebol. No jogo mais comentado da semana, o burocrático Chelsea venceu o medroso Fernehbace numa pelada não condizente com o glamour que cerca as quartas-de-final de uma Champions League. Não foi uma partida muito fora da média dos jogos da temporada européia. Estádios lotados, milhões em campo, transmissão para centenas de países, muita pompa, futebol sem sal.

À noite, um alento para os amantes do bom e velho ludopédio. Num Defensores Del Chaco deserto, por um torneio desvalorizado como a Libertadores, o inexpressivo Libertad derrotou o pouco comentado LDU. E foi um jogo muito melhor que o de Londres. Belos gols, grandes dribles e muito simbolismo. Veja só: no estádio batizado com a alma do judiado povo paraguaio, por um torneio que clama pelos mais justos anseios sul-americanos, o Libertad saiu vitorioso.

Dinheiro, glamour e oba-oba ainda não são tudo nesse esporte. Porque no mítico estádio paraguaio, o desvalorizado Cuevas faz um gol de maestria inimaginável pelo aclamado Lampard. A arte, enfim, resiste aos cartolas, aos dólares e ao desprezo dos próprios torcedores. O triste é que, nessa terça-feira, Assunção teve, com certeza, mais fanáticos pelo Chelsea que pelo Libertad.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Até tu, São Paulo?

Nem o super-organizado São Paulo consegue bons resultados com elenco recheado de brigões e arruaceiros. Ao contrário dos últimos anos, o clube arriscou com jogadores de ficha corrida extensa, como Adriano, Carlos Alberto e Fábio Santos.

Como se tratava do São Paulo, ninguém se atreveu a criticar. No máximo, comentaristas e especialistas de plantão achavam a estratégia “arriscada”. E deu no que deu. Como se fosse um time brasileiro qualquer. Como se não fosse o clube que a torcida e a diretoria imaginam.

As briguinhas e bebedeiras continuaram até mesmo no sagrado Morumbi. Adriano, mesmo longe do que foi e tenta voltar a ser, até vem resolvendo alguns jogos com gols feios e truculentos, vá lá. Mas os outros dois... Carlos Alberto faz tempo que não joga. E quem é Fábio Santos mesmo?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Justiça seja feita

Pelo post de sábado fica até parecendo que não gosto do Ronaldinho. Nada disso. O considero quase um gênio. Um craque com lances simplesmente mágicos em 10 anos de carreira. Pra equilibrar a balança, dá uma olhada nesse vídeo com os 10 gols mais bonitos do dentuço. Cada obra prima...

Mico dos estaduais

Sabe o Ipatinga, aquele time sensação que conquistou dois acessos seguidos nas séries A e B e chegou por duas vezes à final do campeonato estadual? Caiu para a segundona de Minas. Venceu apenas três partidas no torneio e ano que vem se juntará a clubes tradicionais, como o América Mineiro, e outros de passado nem tão glorioso, como o União Luziense.

Para o treinador Moacir Júnior, o fracasso é culpa de um planejamento equivocado. A diretoria focou o brasileirão da série A e decidiu usar o estadual como uma espécie de laboratório. Deu no que deu. Clubes como o Figueirense já aprenderam que atestado de preparação bem feita é o título estadual. Clube nenhum pode desprezar a importância dos torneios regionais. Muito menos o Ipatinga.