sábado, 22 de março de 2008

Projeto para conter violência pára na burocracia

Para diminuir a violência nos estádios, o Ministério Público de São Paulo voltou a proibir a entrada de torcedores com uniformes de torcidas organizadas. Em Santa Catarina, torcidas visitantes não podem assistir aos jogos uniformizadas. O que pouca gente sabe é que um anteprojeto de lei já foi enviado ao governo em novembro do ano passado e pode implementar medidas definitivas para diminuir a violência entre torcidas.

O projeto prevê que uma série de delitos ligados ao esporte, como envolver-se em brigas dentro de estádios, sejam finalmente considerados crimes com até três anos de prisão. O texto já foi aprovado pelo Ministério do Esporte e depende agora de aprovação do ministro da Justiça, Tarso Genro.

Enquanto isso, federações estaduais e o Ministério Público continuam sem muita opção para conter a violência no futebol. Proibir torcidas visitantes de ir aos estádios, por exemplo, pode até ajudar a diminuir a violência, mas impede os torcedores civilizados de acompanharem seus times. Esse projeto que está há cinco meses para ser aprovado pelo Executivo pode ser, enfim, o início de uma solução que penaliza os criminosos, mas não os verdadeiros torcedores.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Punição justa para os agressores

Na terça-feira, o presidente da Fifa Joseph Blatter ensaiou interferir na punição ao zagueiro Martin Taylor, do Birminghan. Em um carrinho criminoso e atabalhoado, o zagueirão quebrou a perna do brasileiro Eduardo da Silva, do Arsenal, contusão que vai afastar o atacante dos gramados por nove meses.

Em conseqüência do lance, Taylor pegou apenas três jogos de punição. Blatter considerou a pena muito leve e pediu à Federação Inglesa que reconsiderasse a decisão. “Atacar alguém é crime, independente de acontecer dentro ou fora de campo. É crime e deve ser tratado como tal”, afirmou.

A polêmica aumentou quando o presidente da Fifa voltou a defender uma idéia antiga: a de que o jogador que causou a lesão fique afastado do futebol pelo mesmo tempo que o lesionado levar para recuperar-se totalmente. Depois Blatter voltou atrás e deixou a Federação Inglesa cuidar do caso, mas a discussão voltou à tona.

Seria justo Taylor ficar nove meses fora dos gramados por conta de um carrinho criminoso? O certo é que não é justo afastá-lo por apenas três jogos, enquanto Eduardo da Silva pode estar com a carreira comprometida para sempre por conta da irresponsabilidade de um brucutu qualquer. As imagens da lesão são tão fortes que não foram nem repetidas pela tv inglesa:

quinta-feira, 20 de março de 2008

Eliminatórias nas alturas


A Associação Paraguaia de Futebol decidiu atender um pedido do presidente boliviano Evo Morales e informou hoje que sua seleção vai, sim, jogar em La Paz pelas eliminatórias. A capital boliviana está 3,6 mil metros acima do nível do mar, 850 metros acima da altura máxima permitida pela FIFA para jogos internacionais.

O vice-presidente da APF informou que a entidade estava apenas ratificando um acordo assinado pelos dez países sul-americanos, comprometendo-se a jogar em La Paz.

Independente de acordo, é esquisito que a APF tenha aceitado um pedido do presidente da Bolívia. Em outubro do ano passado, a Colômbia já havia aceitado jogar em La Paz, mas os colombianos estão acostumados com as manhas da altitude.

O jogo do Brasil na Bolívia será só em outubro de 2009, pela penúltima rodada das Eliminatórias. Vai que a classificação esteja a perigo, vai que o Brasil aceite jogar na altitude por pura politicagem e vai que, mais uma vez, se dê mal. E aí?