segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Santo de casa...


A possibilidade de o Palmeiras pagar algo em torno de R$ 10 milhões para contratar o meia Diego Souza é inédita no futebol brasileiro. Tudo bem que o jogador não pertence ao Grêmio, e sim ao Benfica de Portugal, mas foram suas atuações pelo clube gaúcho que chamaram a atenção do palmeirenses. Podemos tratá-la, tecnicamente, como uma transferência interna. Seria – e me corrijam se estiver errado – o valor mais alto já pago por um clube brasileiro para contratar um atleta que já atuava em solo nacional.

Nossos clubes, historicamente, não tem competência nem cacife para apostar em atletas locais de destaque. De supetão, lembro de apenas três transferências que tenham envolvido um valor mais “europeu”: a do Dagoberto para o São Paulo, a do Marcinho para o Palmeiras, e a do Ricardinho para o São Paulo. Todas giraram em torno de R$ 5 milhões, metade do que o Benfica pretende receber pelo gremista Diego Souza.

A situação é reflexo não só da valorização do Real, mas pode sinalizar uma mudança de postura dos clubes brasileiros. Talvez seja ingenuidade minha, mas percebo que, mais do que lucrar numa possível venda, o Palmeiras quer o Diego para conquistar títulos, vender camisas e recuperar torcedores. O Grêmio, que também está na briga pelo meia, adota a mesma postura.

O problema, para eles, é que as compras do Ricardinho e do Marcinho foram verdadeiros desastres. Dagoberto até que salva a pátria. Diego Souza também tem bola para jogar até na seleção, mas terá cabeça para carregar o fardo de jogador-solução?

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