quarta-feira, 9 de abril de 2008

Chelsea x Libertad


O dia de ontem foi simbólico para quem gosta de bom futebol. No jogo mais comentado da semana, o burocrático Chelsea venceu o medroso Fernehbace numa pelada não condizente com o glamour que cerca as quartas-de-final de uma Champions League. Não foi uma partida muito fora da média dos jogos da temporada européia. Estádios lotados, milhões em campo, transmissão para centenas de países, muita pompa, futebol sem sal.

À noite, um alento para os amantes do bom e velho ludopédio. Num Defensores Del Chaco deserto, por um torneio desvalorizado como a Libertadores, o inexpressivo Libertad derrotou o pouco comentado LDU. E foi um jogo muito melhor que o de Londres. Belos gols, grandes dribles e muito simbolismo. Veja só: no estádio batizado com a alma do judiado povo paraguaio, por um torneio que clama pelos mais justos anseios sul-americanos, o Libertad saiu vitorioso.

Dinheiro, glamour e oba-oba ainda não são tudo nesse esporte. Porque no mítico estádio paraguaio, o desvalorizado Cuevas faz um gol de maestria inimaginável pelo aclamado Lampard. A arte, enfim, resiste aos cartolas, aos dólares e ao desprezo dos próprios torcedores. O triste é que, nessa terça-feira, Assunção teve, com certeza, mais fanáticos pelo Chelsea que pelo Libertad.

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