domingo, 20 de abril de 2008

Meninas têm que ganhar dentro e fora de campo

A seleção feminina enfiou cinco gols na frágil equipe de Gana e garantiu vaga nas Olimpíadas pela quarta vez consecutiva. Mais do que nunca, vai pra ganhar. Cristiane, Marta e companhia dão espetáculo toda vez que entram em campo com a amarelinha.

O que é digno de indignação, mas que acabou passando despercebido, foram as declarações dadas pelas atletas na sexta-feira, um dia antes da partida decisiva. Afirmaram que encaravam o jogo como o mais importante de suas carreiras porque uma derrota poderia até decretar a morte do futebol feminino brasileiro. Não entraram em campo preocupadas em assegurar vaga em Pequim, mas em garantir seus empregos no Brasil e em abrir espaço para milhares de meninas que sonham um dia chegar à seleção.

Já passou da hora de a CBF se preocupar realmente com a modalidade. As jogadoras não podem entrar em campo com todo esse peso nas costas. Não é saudável que se sintam na responsabilidade de fazer gols para garantir o futuro do futebol feminino. Esse papel não cabe a elas. Ou pelo menos não deveria.

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