sábado, 22 de dezembro de 2007

América, américa, américa


A confirmação da contratação do atacante colombiano Falcão Garcia pelo Fluminense é o ápice de uma tendência que se estende a vários outros clubes nesse início de temporada. Por cerca de 5 milhões de dólares, o tricolor carioca tirou de um River Plate endividado sua principal estrela. Há poucos anos, era impensável que um clube com pouca participação internacional, como o Fluminense, comprasse o principal jogador de um gigante como o River.

Contratação como essa era mais improvável ainda porque os times brasileiros historicamente voltaram as costas para as maiores revelações do futebol sul-americano. Do ano passado pra cá, porém, o Palmeiras trouxe o já consagrado Valdívia, o Vasco apostou certo no talento do principal jogador do Universidad de Chile, Darío Conca,o Flamengo também se deu bem ao trazer o argentino Maxi, primo do atacante Messi, e o Náutico encontrou no atacante uruguaio Acosta uma jóia rara.
Para 2008, além do Fluminense, Botafogo, Corinthians e Náutico já anunciaram reforços sul-americanos. Nenhum com o peso de Falcão, mas todos com boas passagens por times da Argentina, Chile e Colômbia.

Aos poucos, se minimamente organizados, os clubes brasileiros podem fazer o que fazem há tempo os mexicanos. Nos anos 1990, eles se estruturaram, reformaram estádios, firmaram parcerias com fortes patrocinadores e conseguem, muitas vezes, roubar jogadores de equipes européias pagando salários ainda distantes da realidade brasileira.

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